Notícia - Produtor de Child of Eden critica Microsoft

Notícia - Produtor de Child of Eden critica Microsoft

A Microsoft focou em jogos para toda família a parte de sua conferência na E3 destinada ao Kinect, novo tipo de controle por onde o jogador interage com seus movimentos e voz. Isso foi motivo de crítica por parte dos fãs hardcore da companhia, que esperavam por jogos como Fable III, ou até mesmo Milo, que sequer foi mostrado a portas fechadas. Na indústria, há quem também ficou insatisfeito com o foco da Microsoft, como foi o caso do produtor James Mielke, de Child of Eden.

O título é a mais nova criação do diretor e game designer Tetsuya Mizuguchi, responsável por jogos como Rez, Space Channel V e Lumines. Child of Eden foi a grande vedete da conferência da Ubisoft, gerando suspiros de quem assistia e elogios de gente importante. Há relatos de que Miyamoto chamou-o de "o melhor do evento".

O fato de a Microsoft ter ignorado Child of Eden, que foi demonstrado com o Kinect, deixou aborrecido o produtor do jogo, James Mielke. "Eles estragaram tudo", disse ele ao jornalista Stephen Webster. "Eles tiveram a chance de mostrá-lo com o Kinect, mas decidiram focar em jogos para a família como no Wii. Eles não estavam esperando uma reação tão negativa de todos".

"Depois que mostramos nosso jogo na [conferência da] Ubisoft, o pessoal da Microsoft veio para nosso estande com termos tipo 'Oh, uau'", disse ele.

Child of Eden é um tipo de "sucessor espiritual" de "Rez", lançado originalmente no Dreamcast, que teve versões posteriores para PlayStation 2 e Xbox 360. No título, o jogador controla raios de luz em um game que mescla tiros, música e visual deslumbrante, repleto de efeitos especiais e outros elementos que lembram bastante "Rez".

Apesar do potencial que jaz por trás de controlar Child of Eden usando acessórios como Kinect e Move, o game também aceita controles convencionais.

Atualização: Em uma conversa com o site C&V, Mielke negou que tenha feito tais comentários ao jornalista. "Eu só gostaria de alertar vocês que não ofereci voluntariamente esses comentários para ele usar em uma história, e que ele traduziu livremente uma brincadeira minha no meu Facebook e tentou transformá-la em notícia. Eu só gostaria de esclarecer a veracidade da fonte de sua história", disse ele.