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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Wii U ofusca o PS3 e Xbox 360 como o console mais ecológico

Wii U (FOTO REPRODUÇÃO)



Após algumas semanas com a Wii U, está basicamente confirmado que não existe nenhum aumento revelador no poder de processamento geral comparado com a Xbox 360 e PlayStation 3, mas existe um elemento tecnológico no qual o design da Nintendo está mundos à frente das suas concorrentes de 2005/2006: eficiência. Em termos de performance por watt, a Wii U é a clara vencedora, providenciando uma experiência gráfica e de jogo equivalente usando menos de metade da energia dos outros consoles.
Quando a caixa da Wii U e fator forma geral foram primeiramente revelados, tivemos genuínas preocupações que a Nintendo iria ter o seu próprio desafio RROD. Os problemas da Microsoft e Sony com calor excessivo são assuntos oficiais: o processo do aquecimento dos processadores principais durante os jogos e depois o seu arrefecimento quando o console era desligada fez com que as conexões soldadas sem chumbo eventualmente quebrassem com o tempo, desativando o equipamento. Desde então as companhias encolheram os processadores principais, tornando-os mais frios, mais eficientes e com menor probabilidade de falharem, mas o fator forma das unidades é na mesma bem grande.
As demonstrações tecnológicas Wii U iniciais mostraram que o equipamento oferecia performance similar à dos consoles atuais, mas o fator forma da máquina era ainda mais pequeno que as versões "Slim" das concorrentes. Na verdade, a Wii U é mais pequena que a recente PlayStation 3 "Super Slim". A Wii U tem muita mais ventilação do que a anterior, mas o espaço disponível para um dissipador de calor e ventoinha é mais pequeno do que o oferecido nos consoles Microsoft e Sony.
A apresentação Wii U da própria Nintendo providenciou algumas respostas: o processador e a gráfica foram juntados num só, significando que a concentração de calor é mais localizada e mais espaço seria poupado para o esquema de arrefecimento. Mas apesar disto, o calor geral iria certamente ser um problema - ao ponto da Microsoft ter ido mais além nas suas 360S, integrando processador e gráfica numa só peça de silicone.
A IBM tinha confirmado anteriormente que o processador Wii U é fabricado num processo 45nm similar ao dos processadores na Xbox 360 e PS3, apesar de estarmos bem confiantes que o núcleo gráfico Radeon da Wii U usa o mesmo processo 40nm que o chip RSX no console Sony. 28nm é o próximo passo para reduzir o tamanho físico dos chips principais, mas o volume simplesmente não estava disponível para sustentar o lançamento de um console para as massas, acomodando milhões de unidades, quando a Wii U entrou em produção. É uma das principais razões por termos que esperar pelo próximo ano para termos a próxima Xbox e PlayStation 3.

Wii U Consumo de energia (FOTO REPRODUÇÃO)

Os dados dos gastos de energia na tabela em baixo demonstram que não nos precisávamos preocupar. A Wii U é espantosamente eficiente ao ponto de dificilmente sentires calor quando a colocas no console a tua mão - algo que não podemos dizer da 360S ou até mesmo da nova PlayStation 3 "Super Slim". O seu consumo de energia geral é na verdade mais baixo que o de muitos portáteis (de facto não ficaríamos surpresos por ver pacotes de baterias para adicionar ao console em algum momento para jogatinas móveis) - algo espantoso considerando que a sua performance em jogos facilmente bate esses mesmos notebooks.
Wii U
Xbox 360S
PS3 Super Slim
Menu
32w
67w
66w
Demo FIFA 13
32w
76.5w
70w
Netflix HD
29w
65w
62.5w
Descobrimos que a Wii U ronda os 32 watts de energia durante jogos e apesar de correr todos os nossos jogos, apenas vimos um pico ocasional acima dos 33w. A nova PS3 usar 118% mais quando forçada, enquanto 360S de 2010 foram ainda menos eficientes, precisando de 139% mais energia para jogos. Compreendemos que a Micrsoft tenha revisto o design do seu console desde o lançamento inicial, mas o processador combinado com a gráfica usa na mesma o mesmo processo de 45nm, portanto não esperamos ver quaisquer grandes mudanças nos ganhos na eficiência. Todas os consoles mostram uma descida no consumo quando ao reproduzir media (testamos um episódio HD de Dexter via Netflix), ainda menos nos menus principais de cada aparelho.
Então como conseguiu a Nintendo tal salto compreensivo na performance por watt) Bem, não existe tal coisa como almoço grátis e existe algum compromisso. A falta de energia no processador Wii U comparado com a Xbox 360 e PS3 é um tópico que cobrimos extensivamente antes, mas a principal lição aqui é que um processador que corre apenas a 1.24GHz e usa bem menos transístores do que a concorrência ( o tamanho físico do chip é muito mais pequeno do que o Xenon e Cell) vai obviamente consumir bem menos energia do que os rivais. Ganhos na eficiência do design e inclusão de funcionalidades tais como execução fora de ordem - até certo nível - colmatam a falta de tópicos duplos de equipamento e a baixa velocidade do relógio, mas existe uma queda na energia computacional em bruto que os estúdios multi-plataforma vão precisar de contornar.
Independente, ficamos na mesma com uma diferença significante em termos de consumo de energia, que nos leva para uma área na qual ainda sabemos relativamente pouco - a constituição do núcleo da gráfica Radeon na Wii U. Integrando a RAM de trabalho rápido - a eDRAM - diretamente no núcleo da gráfica vai ter alguns benefícios (é uma filha da Xbox 360, ficando ao lado do processador), mas fora isso, os detalhes são poucos.
No entanto, o que sabemos é que a AMD criou a gráfica Wii U baseada nos seus existentes designs da era 4xxxx, a chamada arquitetura RV770. Olhar para a gênese desta linha de gráficas do lançamento original PC revela algumas informações interessantes: processadores de stream eram mais eficientes que os anteriores, mas mais interessante de tudo, descobrimos que a AMD era capaz de aumentar a performance até 40% por milímetro de silicone - outro grande salto na eficiência.

Uma coisa que se destacou no teste de consumo de energia da Wii U - a uniformidade dos resultados. Fosse qual fosse o jogo testado, continuamos a ver o mesmo resultado de 32w e apenas alguns ocasionais saltos acima de 33w. Aqueles que esperam que os estúdios "desbloqueiem" mais poder de processamento na Wii U num maior aumento provavelmente vão ficar desapontados, pois apenas existe uma certa quantidade de variável no consumo de energia de um console "debaixo de carga". 

Também interessantes foram os resultados em standby de cada console - 0.5w foram consumidos por todas, mas a Xbox 360 e PS3 tinha um pico maior periodicamente, presumimos que se deva a tarefas de fundo que correm mesmo quando o console não está operando.
Também interessantes são os ganhos gerais na eficiência na PS3 ao longo dos seus seis anos - um bom indicador do quão longe viemos no encolhimento da mesma arquitetura central ao longo de várias gerações do fabrico de nódulos. Baseado nos  testes anteriores, a PlayStation 3 de lançamento(processador e gráfica de 90nm)ascendia a uns fenomenais 195-209w durante os jogos, enquanto a revisão Slim inicial (processador de 45nm e gráfica de 65nm) descia para 95-101w. A 

Super Slim tem uma combinação de processador de 45nm/gráfica de 40nm e baixa o consumo de energia para 75-77w. Apesar de não esperarmos ver a PS3 e Xbox 360 a desafiar seriamente o espantosamente baixo consumo de energia da Wii U, um Cell de 22nm está na mesa e faz sentido que o RSX encolha mais para os mesmos 28nm usados atualmente pelos processadores gráficos mais recentes da NVIDIA. A Xbox 360 deve assistir a ganhos na eficiência mais notáveis no futuro com um encolhimento para 32nm para o seu chip processador/gráfica integrado...

Fonte: Eurogamer.pt

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