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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

[Análise] - Assassin's Creed: Brotherhood


Correr pelas ruas de Roma e ver um mundo 'moderno' se encontrar com o passado. De um lado o Panteão, do outro o Coliseu e mais à frente os aquedutos. A Itália de 1500 é o cenário mais inspirador para colocar um assassino com sede de vingança. 



As ruas apinhadas de artistas, médicos, barões, mendigos e cortesãs formam o cenário do jogo e servem de esconderijo para Ézio Auditore da Firenze, assassino que tenta destruir os cavaleiros templários bem debaixo do nariz do Vaticano. 




Essa é a premissa de "Assassin's Creed: Brotherhood", uma história de vingança contra aqueles que acabaram com a família do assassino italiano em "Assassin's Creed II". A aventura começa exatamente onde o jogo anterior terminou, com o herói completamente atônito ao descobrir que o mundo corre um grande perigo caso os Cavaleiros Templários consigam colocar as mãos nas "Peças do Éden". Só que isso não foi dito para ele e sim à outra pessoa: Desmond Miles, um sujeito comum do ano de 2012 que entrou de gaiato nessa guerra secular.

Mesmo confuso Ézio segue sua vida, até que sua vila é destruída pela poderosa família Borgia - e essa é a deixa para ele se dirigir para Roma. Chegando lá, o assassino descobre que não vai conseguir derrotar seus inimigos sozinho.


 

Unidos Pelo Sangue

No lugar de ficar zanzando por toda Itália, Ézio vai fixar base em Roma. Só que a cidade está tomada pelo medo e influência dos Borgia, com lojas fechadas, pessoas oprimidas e monumentos caindo aos pedaços. Cabe a ele iniciar uma revolução acabando com os capangas da família e destruindo suas fortalezas de controle. Fazendo isso, a população começa a se rebelar e mais pessoas vão querer se juntar à causa.  

É aí que o nome do jogo se justifica: o herói decide reerguer seu clã, criando assim a "Irmandade dos Assassinos". Diferente dos outros jogos da série, Ézio vai recrutar pessoas para se unir ao clã dos assassinos. Com isso, seu poder se estende além do alcance de sua espada: basta convocar um dos seus pupilos para que a morte surja das sombras. Basta marcar uma pessoa e apertar um botão para que um deles acabe com a vida do alvo.

Logo Ézio tem seguidores o suficiente para espalhar o seu poder por toda a Europa e até a Ásia, enviando recrutas em missões para ganhar experiência e poder. Ao término da tarefa, é possível comprar armas melhores e assim deixá-los mais poderosos e mortais.

Entretanto, existem ocasiões em que é necessário sujar as mãos de sangue. O combate teve uma mudança sensível com a nova mecânica chamada "assassinato em sequência". Ao eliminar um adversário ele pode acabar com outro que esteja com a guarda aberta. Para iniciar o combo basta apontar para a direção do indivíduo e apertar o botão de ataque, depois fazer o mesmo no outro soldado, e no outro. É possível acabar com uma guarnição em um piscar de olhos.
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Só por essas novidades Ézio mostra-se muito mais perigoso, experiente e sagaz. Mas isso não é tudo o que o jogo tem a mostrar, na verdade essa é apenas a ponta da adaga.

Enquanto isso no mundo real...

 
"Brotherhood" tem uma grandiosidade sem igual. A cidade de Roma é gigantesca e Ézio pode ser o dono de tudo na região: das lojas aos estábulos até marcos históricos como o Coliseu e as catedrais. Todo o lucro gerado por esses locais são depositados na conta do assassino, depois de algum tempo basta ir ao banco e fazer um saque e continuar a expandir os negócios.

O jogo também tem mais variedade nas missões, tumbas para explorar, bandeiras para pegar e quebra-cabeças para resolver. É como se fosse um "Grand Theft Auto" da Roma antiga. A história tem um clima de traição e surpreende quem jogou o título anterior. Aliás, esse é um tema importante a ser levantado, já que Ubisoft não se esforçou muito para situar quem não jogou "Assassin's Creed II" e novatos podem se sentir desorientados com as missões paralelas e sem saber quem são e o que fazem os personagens secundários.
 
Por outro lado o jogo se esforça para criar um laço do jogador com Desmond, o protagonista dos dias atuais. A qualquer momento é possível se desconectar, tomar controle dele e sair da base. Nessas escapulidas o jogador pode encontrar tesouros da família de Ézio ou usar a máquina de realidade virtual para treinar as habilidades de assassino. Sua participação maior mostra que ele é o personagem principal - afinal é Desmond quem vivencia o passado.

Descanse em paz

Outra novidade do game é o modo multiplayer, e a Ubisoft caprichou para que a modalidade se integrasse com o mundo de "Assassin's Creed". Nesse modo até oito pessoas podem se reunir para encarnar agentes do Abstergo em treinamento.


A disputa é diferente do que vemos nos dias atuais durante a trama principal, pois a mecânica é muito similar à da campanha solo. Os jogadores podem escolher personalidades como médicos, executores ou soldados e todos ficam em uma sala com centenas de personagens controlados pelo computador. Cada usuário tem um alvo e esse alvo está no meio da multidão. Cabe aos jogadores seguirem as pistas e a indicação da bússola para encontrar a pessoa certa.

No modo multiplayer, há um sistema de evolução que dá ao personagem mais habilidades, como jogar bombas de fumaça, adotar um disfarce ou correr mais rápido, de acordo com seu progresso. Isso tudo faz com que o modo multijogador seja um ótimo extra e amplia a vida útil do game. 




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CONSIDERAÇÕES

Com uma melhor mecânica, história interessantíssima e um multiplayer único, "Assassin's Creed: Brotherhood" não é uma mera expansão de "Assassin's Creed II", é na verdade o melhor jogo da série. Tudo foi pensado para criar uma experiência muito mais profunda para os fãs. Entretanto, os recém-chegados precisam jogar o game anterior para se familiarizarem com os conceitos, enredo e personagens secundários. Ainda assim, "Brotherhood" mais do que um bom jogo, é um dos melhores games de ação do ano.

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