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sábado, 5 de março de 2011

[PS3] Review: Killzone 3


Galera, como prometido ontem, aqui está uma análise do jogo Killzone 3, e realmente o jogo impressiona com gráficos muito realistas, som DTS 5.1 o que vale muito a pena para quem tem um Home Theather além de poder ser jogado em 3D, o que creio seja um privilégios para poucos ainda. Bom aproveitem e espero que gostem!

Apresentação

Os Helghast estão de volta! Killzone 3 chega ao PlayStation 3 para abrir o ano do console em grande estilo, tentando repetir o sucesso de seu antecessor, Killzone 2, lançado originalmente em 2009. No primeiro momento o exclusivo jogo de tiro em primeira pessoa não causa o mesmo impacto que Killzone 2, não que Killzone 3 seja ruim, pelo contrário, mas como o seu antecessor foi o primeiro jogo da série a ser lançado nos consoles de última geração, a evolução gráfica notada na época foi muito maior.

A história de Killzone 3 começa exatamente onde parou a história de Killzone 2, não divulgaremos spoilers, mas o jogador que não jogou o jogo anterior pode se sentir perdido no primeiro momento. A grande novidade neste novo jogo é a quantidade de animações contidas na história, todas de excelente qualidade, mas que acabam tornando-se massantes conforme a história se desenvolve.

O principal motivo disso é que Killzone 3 é um jogo de tiro e o seu grande público quer atirar e não ficar sentado na frente da televisão vendo discussões de generais. O excesso de filmes no modo história, muitas vezes interrompendo momentos de muita ação, pode frustrar quem busca apenas um jogo de tiro.


Quando comparamos com Killzone 2, Killzone 3 possui uma história mais curta e mais fácil. O grande foco dado nas animações entre cenas de ação acaba revelando personagens sem carisma, que não conseguem cativar o jogador que muitas vezes desejam pular tais cenas. 

Em contra partida, Killzone 3 possui audio e legendas no nosso idioma e isso causa diversos impactos ao jogador. O primeiro, os jogadores que não possuem domínio do idioma inglês, poderão jogar e entender a história com tranquilidade. O segundo, para quem está acostumado a jogar jogos em inglês terá a sensação de ouvir vozes dubladas e não originais.

Comentaremos abaixo com mais detalhes sobre a dublagem em nosso idioma, mas de início podemos garantir que ela é surpreendente.

Além da curta história, Killzone 3 possui um modo cooperativo, um modo multiplayer competitivo e uma zona de robôs onde o jogador poderá treinar para o modo online. Com suporte ao PlayStation MovePlayStation Sharp Shooter) e tecnologia 3D, Killzone 3 possui todas as apostas tecnológicas da Sony e cumpre todas com ótima qualidade

Gráficos

Como comentado acima, Killzone 3 não impressiona como Killzone 2 impressionou. Entretanto o jogo consegue mostrar uma pequena melhora gráfica, com cenários ricos em detalhes, efeitos visuais incríveis e cenas de ação que irão agradar seus olhos. Como comentado pela própria produtora, a Guerrila, o jogo não faz uso de toda a potência do PlayStaton 3, mas conseguimos notar a evolução gráfica.

Em comparação com outros jogos do console, dificilmente encontramos algum que traga a mesma qualidade que Killzone 3, principalmente nos cenários e nos efeitos visuais. Os personagens possuem ótima contrução, mas já não são páreo para futuros jogos como Uncharted 3: Drake’s Deception. Em resumo, graficamente o jogo é incrível, principalmente se você possuir em sua sala uma televisão 3D, o que irá proporcionar uma experiência ainda mais bacana.


 Efeitos Sonoros

O grande destaque da parte sonora fica para a dublagem disponível em nosso idioma. É claro que os efeitos sonoros estão bacanas, de efeitos de disparos, até explosões – principalmente se você jogar em um Home Theather com DTS –, mas o que irá atrair e realmente agradar o jogador brasileiro serão as falas em português. Antes de tudo, confiram abaixo a introdução do jogo em nosso idioma: 






Podemos perceber que o audio foi gravado por narradores brasileiros e no primeiro momento eles podem ser estranhos, como se os narradores estivessem criando algum sotaque para interpretar cada personagem. Na verdade eles estão, possivelmente na tentativa de ambientar o jogo, alguns personagens possuem vozes estranhas, principalmente inimigos. Mas quando ouvimos a versão em inglês, podemos perceber o mesmo efeito, onde cada personagem possui um accent diferente. Conforme jogamos e nos acostumamos com as vozes, elas se tornam amigáveis aos nossos ouvidos.

Outro fator que temos que levar em conta é que este é o primeiro jogo da Sony a ser produzido com o audio em português do Brasil e isso é uma quebra no nosso costume. É como ver o Programa Chaves em espanhol depois de ver em português durante duas décadas, é realmente estranho. Mas se você der os devidos créditos para a Sony, verá que vale muito a pena jogar em português, principalmente se você não tem dominio total sobre o idioma inglês.

Devemos destacar também que o jogo por ser recomendado para maiores de 18 anos possui uma linguagem pesada, prepare-se para ouvir muitos palavrões em português. Confira abaixo os primeiros 15 minutos do jogo onde podemos curtir um pouco do gameplay em português, fique atento pois o video possui spoilers.






Jogabilidade

A jogabilidade com o DualShock 3 é bastante sólida e intuitiva, e podemos configurar no famoso modelo Call of Duty, configuração que a maioria dos jogadores de PlayStation 3 estão acostumados.

A Guerrilla parece ter escutado a críticas e deixou a movimentação do personagem um pouco mais solta, claro que nada parecido com a movimentação patinete de muitos FPS, achamos que agora foi encontrado o meio termo que todos nós queríamos.


Outra grande novidade é o suporte a PlayStation Sharp Shooter, uma arma que utiliza um PlayStation Move e um PlayStation Navigation Controller que em conjunto com uma PlayStation Eye consegue capturar os movimentos realizados pelo jogador, simulando assim uma arma de verdade.

As primeiras impressões com a Sharp Shooter na mão são péssimas. Para quem está acostumado com jogos de tiro em primeira pessoa é muito complicado se adaptar a sensibilidade do controle de movimentos. Para se acostumar com o controle o jogador precisará de muitas horas. Por isso decidimos investir nosso tempo no modo Zona de Robôs que transmite a ação do modo multiplayer e com a Sharp Shooter em punhos fomos para a guerra.

Nas primeiras horas o principal problema é se acostumar com a movimentação do personagem, o jogador deve utilizar o controle de navegação em conjunto com os movimentos da própria arma para poder andar pelo cenário. Mas é muito difícil se acostumar em controlar o controle de navegação com o braço esticado, o que dá menos precisão ao jogador e ainda cansa o braço. Algumas horas depois já era possível jogar contra os robôs sem necessariamente parecer uma barata tonta no cenário.

A Sharp Shooter conta com muitas opções no menu do jogo, o que permite tornar o trabalho mais fácil. Uma delas é a mira automática, com isso basta o jogador olhar para o lugar certo e apostar para o inimigo que automaticamente a mira já mostra onde ele está. Pode parecer fácil, mas garantimos que não é simples. A experiência de se jogar com a arma é incrível e traz muito mais realidade ao jogo, mas exige muito treino do jogador. Quem não tiver muita paciência acabará se irritando.

Caberá a cada jogador escolher se investe ou não no acessório, mas depois de uma semana jogando diariamente com a arma podemos dizer que a experiência é muito legal, mas limite-se ao modo offline do jogo, pois no modo online você terá desvantagem em relação aos outros jogadores.

Online

Todo modo história de um jogo de tiro em primeira pessoa é importante, mas o modo multiplayer é muito mais importante, é o ingrediente que faz o gênero ser o maior sucesso de vendas na atual geração, vejam os exemplos de Call of Duty e Battlefield. A grande pergunta é:
Será que houve evolução do jogo anterior para Killzone 3?
A resposta é:
Sim, mas não muito.
Se você já é um jogador das “antigas” tudo será muito fácil, ligue seu PlayStation 3, insira o Killzone 3 e jogue muito, mas se você é um novato iremos explicar detalhadamente o funcionamento do multiplayer.

O menu inicial é bem simples, um acionamento rápido para encontrar uma partida, torneios de clã, estatísticas e desbloqueios. A novidade no multiplayer é um modo chamado Operações. Nesse novo modo as esquipes são divididos em dois lados, os Helgasts e os ISA

Basicamente os ISA atacam e os Helgast defendem, e a grande novidade são os objetivos: o time que defende não pode deixar os invasores explodirem portas, ligarem máquinas, plantarem bombas e etc.

O modo Operações é bem viciante onde cada jogo reserva suas surpresas. Diferente dos conhecidos mata-mata, estratégia é essencial para chegar a vitória. O único problema é a pouca quantidade de mapas disponíveis até o momento, são somente três, mas conforme anúncios recentes novos mapas serão disponibilizados via DLC (conteúdo extra por download). Combate de Guerrilha é o modo mais simples, é o famoso Team Death Match, ou seja, sem muita estrategia ou trabalho em equipe.

Zona de Guerra é o mais famoso dos modos e mais conhecido pelos jogadores de Killzone, dois times irão disputar uma guerra com objetivos específicos, todos eles já conhecidos, como plantar bombas, conquistar e defender uma determinada área do cenário, assassinar um alvo específico, entre outros. Neste modo sete mapas estão disponíveis, mas assim como para o modo Operações, a Sony já anunciou que mais mapas serão disponibilizados via DLC.



O jogo permite que esquadrões de até oito jogadores sejam criados, o que irá facilitar a comunicação dentro do jogo, mas infelizmente, você pode ouvir as conversas de quem não faz parte do seu esquadrão (ainda bem que existe a opção de mute por jogador). As estatistícas presentes no jogo são bem completas, você pode verificar toda a sua evolução, dos seus amigos e dos companheiros de clã. O ranking do jogo pode ser conferido por modo ou geral, você ainda poderá comparar seus dados com os dos seus amigos.

O sistema de classes também não evoluiu muito, as habilidades e armas que estavam presentes no jogo anterior são praticamente as mesmas. As classes são dividas em:
  • Engenheiro
    • Habilidade principal: reparar caixas de munição e armas.
    • Habilidade secundária: montar as famosas torres sentinelas.
  •  Franco-Atirador
    • Habilidade principal: ficar camuflado por um tempo determinado.
    • Habilidade secundária: localizar inimigos no radar mesmo quando não esitverem atirando.
  • Estrategista
    • Habilidade principal: capturar os famosos pontos de “respaw”, que agora são fixos em lugares pré estabelecidos pelo jogo.
    • Habilidade secundária: marcar posição dos inimigos no mapa e ativar um sentinela voador.
  • Infiltrado
    • Habilidade principal: ficar disfarçado, ou seja, os inimigos irão achar que você é um companheiro deles.
    • Habilidade secundária: maior resistência, correr mais e plantar bombas mais rapidamente.
  • Médico
    • Habilidade principal: ressusitar jogadores mortos.
    • Habilidade secundária: recuperar a energia de quem estiver a sua volta, liberar um medi-droide que acompanha o médico para dar cobertura e poder voltar ao local que morreu sem que ele seja um de respaw.
Além das habilidades específicas de cada classe existem habilidades que são liberdas conforme você sobe de patente, entre elas: armadura mais resistente, passos silenciosos, munição extra e etc. Para chegar ao nível máximo você terá que passar por 45 níveis,  ou seja, terá que passar muito tempo online para chegar a última patente.

O modo online de Killzone 3 cumpre bem o seu papel e viciará os jogadores que gostam de jogos de tiro em primeira pessoa.

Conclusão

O universo Killzone foi pouco explorado nesse quarto jogo da série (lembre-se que o PlayStation Portable também ganhou o seu jogo da série). A história não foi aprofundada como deveria ter sido e possui uma duração muita curta, mas com um modo online cheio de opções e extremamente viciante o jogo ganha muita longevidade.

Se você é fã de FPS e gosta de um bom modo online, sólido e viciante, Killzone 3 é a pedida certa, mas se você gosta de um jogo com uma boa história talvez Killzone 3 não mereça o seu dinheiro. Outro destaque fica para o audio e as legendas em português do Brasil, uma ótima pedida para jogadores que não possuem domínio total do idioma inglês.

Pontos Positivos 
  • Excelente modo on-line.
  • Audios e legendas em português do Brasil.
  • Gráficos incríveis.
  • Suporte ao PlayStation Move e PlayStation Sharp Shooter.
  • Tecnologia 3D.
Pontos Negativos 
  • História muito curta e com personagens sem carisma.
Notas

Apresentação: ★★★★☆
Gráficos: ★★★★★
Som: ★★★★½
Jogabilidade: ★★★★½
Online: ★★★★★
Nota Final: ★★★★½

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